Especificamente, os intervenientes identificaram os conselhos de bairro, os comités rurais de água potável e diferentes formas de organização comunitária. A Corporação Nacional Florestal (CONAF), o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Ministério do Interior e da Segurança Pública (SENAPRED) e os municípios como intervenientes do sector público. Eles também mencionaram o Corpo de Bombeiros, o Gabinete Nacional de Emergência do Ministério do Interior (ONEMI), o Ministério da Educação, o Oficial Comunitário de Gestão de Riscos e Desastres, o Departamento de Educação Municipal de Temuco (DAEM), os Gabinetes do Presidente da Câmara e a Direção de Estradas.
Também mencionaram vários centros de investigação, como o Centro de Estudos Interculturais e Indígenas (CIIR), o Centro de Desenvolvimento Local da UC (CEDEL), o Centro de Laboratório de Planeamento Territorial (LPT-UC Temuco) e universidades em geral. Também instituições privadas sem fins lucrativos, como a FMA, a Rede Comunitária de Prevenção contra Incêndios e outras organizações que desenvolvem programas de investigação, educação e participação comunitária. Finalmente, observámos instituições privadas com fins lucrativos, referentes a empresas relacionadas com a gestão florestal, linhas eléctricas e plantações de árvores urbanas, bem como com a prevenção.
Um dos pontos importantes salientados pelos participantes na reunião foi a importância dos estabelecimentos de ensino como partes interessadas que devem ser envolvidas na rede de prevenção. O objetivo é promover a prevenção desde uma fase inicial, a fim de abordar o problema de uma perspetiva mais holística e promover uma mudança cultural.
Para além de mencionar os actores, também identificámos as acções que geram e promovem a atual rede de prevenção de incêndios. Por exemplo, a ligação entre organizações públicas, privadas e de bairro, bem como a colaboração entre redes de emergência e organizações sociais e ambientais. Os participantes mencionaram a existência da atribuição de recursos para a prevenção, a relevância dos gestores territoriais e o trabalho com municípios e escolas com certificação ambiental (SCAM e SNCAE) como acções que mantêm as ligações entre os actores.
No que diz respeito ao reforço da rede no futuro, sublinharam a importância de conceber planos com uma abordagem multissectorial e equidade territorial, que tenham em conta a comunidade local desde a construção até à implementação. Estes planos devem envolver todos os actores relevantes na prevenção, incluindo as organizações presentes nos territórios, e articular a colaboração e as ligações entre eles.
Referiram especificamente a criação de grupos de trabalho que considerem a representação das comunidades locais e das organizações sociais, a redução das lacunas linguísticas através da utilização de uma linguagem menos complexa, a melhoria da ligação entre os actores da rede e os da área de investigação para comunicar os progressos, a criação de campanhas de divulgação a longo prazo, o envolvimento da rede de escolas certificadas em prevenção, a formação em prevenção, a homologação da informação e o aumento do financiamento e dos recursos.